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Professor Célio Haddad ministra palestra sobre a conservação dos anfíbios ante as mudanças climáticas

  • Foto do escritor: cbioclimamidia
    cbioclimamidia
  • 29 de abr.
  • 2 min de leitura

Por Emerson José

 

Os Seminários Charles Darwin, iniciativa do CBioClima (Centro de Pesquisas em Biodiversidade e Mudanças do Clima, recebeu o Prof. Dr. Célio Haddad para palestra nesta terça-feira (29) sobre “O impacto das mudanças ambientais induzidas pelo homem e a conservação dos anfíbios”, no Anfiteatro II da Unesp, em Rio Claro.

 

O Prof. Dr. Célio Haddad possui graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Campinas (1982), mestrado (1987) e doutorado (1991) em Ecologia também pela Universidade Estadual de Campinas. Célio é professor do Instituto de Biociências da Unesp de Rio Claro e livre-docente pela Universidade Estadual Paulista (UNESP). A área de atuação do professor é zoologia e ecologia. Ele pesquisa taxonomia, sistemática, filogenia, evolução, comportamento e conservação dos anfíbios anuros. O professor é ainda Coordenador Científico do CBioClima.

 

Conforme apresentação do professor, “a região neotropical tem aproximadamente metade da diversidade global de anfíbios. No entanto, a descrição de novas espécies continua a aumentar, como consequência do aumento do número de pesquisadores nesta região. A destruição e a transformação de ecossistemas naturais é a principal ameaça para os anfíbios. Este processo de degradação está aumentando em vários lugares da região neotropical, ocasionando declínios e extinções de populações e espécies. Estamos perdendo espécies (estão sendo extintas) antes que possamos coletá-las e descrevê-las. Esta situação é particularmente dramática na Mata Atlântica, uma das formações mais diversas, mas que foi quase inteiramente destruída nos últimos séculos. Precisamos descrever as espécies mais rapidamente do que hoje, porque é mais difícil proteger espécies sem nome e porque precisamos de uma melhor compreensão da diversidade real”.

 

Neste sentido, “os processos de declínios e extinções atuais de anfíbios não são naturais e são, em sua maioria, causados pelo homem (destruição e alteração de habitats, mudanças climáticas, doenças infecciosas, caça excessiva, introdução de espécies exóticas, dentre outras)”.


Por isso, é preciso conservação: o uso sábio, equitativo e sustentável dos recursos naturais. Essa definição da IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza), durante o encontro Rio 92, já entendia que os recursos seriam usados pelo homem. Contudo, espécies são recursos finitos e, se extintas, não voltam mais. Mesmo que muitas espécies não sejam usadas como recursos pelo homem, poderão vir a ser no futuro. Além disso, indiretamente elas são importantes ao funcionamento dos ecossistemas. Também há a questão ética de que o homem não tem o direito de eliminar espécies”, assinalou o professor.

 

Ademais, “os anfíbios são importantes nas cadeias tróficas, sendo predados por diversas espécies. Do ponto de vista mercantilista e utilitarista, podemos estar perdendo informações preciosas sobre compostos químicos presentes na pele dos anfíbios. O uso de anfíbios como medicamento é uma tradição entre alguns povos indígenas amazônicos”.

 

Por fim, o professor enalteceu que devemos “preservar a diversidade de organismos para mitigar os efeitos danosos das atividades humanas sobre as populações naturais”.

 

 


Professor Célio Haddad, CBioClima.
Professor Célio Haddad, CBioClima.

 
 
 

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