Dra. Patrícia Morellato participa do projeto “Pergunte a Um(a) Cientista” sobre emergência climática
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Imagine ter a oportunidade de tirar suas dúvidas perguntando diretamente para um cientista!Foi isso que propôs o projeto "Pergunte a um Cientista", da organização Via Saber — uma iniciativa que aproxima o público da ciência por meio de conversas com especialistas sobre temas que impactam nosso dia a dia.
Por: Gabriela Andrietta
No dia 4 de maio, domingo, das 11h às 13h30, em frente ao Sesc da Av. Paulista, uma das cientistas convidadas foi a diretora do CBioClima, Profa. Dra. Patrícia Morellato, pesquisadora referência em fenologia e mudanças climáticas. O projeto promove encontros entre membros da Academia e o público não especializado para conversar sobre temas de ciências. Nesta edição, a intenção foi trazer conteúdos afins ao tema da emergência climática, dialogando com a 5ª Conferência Nacional do Meio Ambiente e a COP 30.

Isaac de Souza e Vera Lúcia Lima Santos conversam com Patrícia sobre alimentos trangênicos
Patrícia respondeu perguntas sobre um assunto super atual: agricultura e mudanças climáticas, e destacou o valor da iniciativa: “É bem bacana poder se aproximar das pessoas, elas perguntam, interagem. Precisamos fazer isso com mais frequência.”

A atividade contou ainda com a participação especial da Dra. Esther Sabino, cientista brasileira que liderou o sequenciamento do genoma do coronavírus no início da pandemia. Esther Sabino também reforçou a importância do contato direto entre cientistas e o público: “É super importante a comunicação e as pessoas poderem tirar suas dúvidas pessoalmente, porque às vezes recebem informação na internet e não é a mesma coisa. É uma iniciativa bem bacana.”
Durante a conversa, diversos assuntos foram tratados — dos impactos do El Niño e da La Niña às alterações nos ciclos de floração de plantas como o café e o cacau. A Dra. Patrícia explicou, por exemplo, que o café depende da previsibilidade climática para florescer adequadamente. A falta dessa regularidade pode afetar a produção e, consequentemente, aumentar os preços do produto no mercado.
Isaac de Souza e Vera Lúcia Lima Santos comentaram: “Com certeza, esclarecedor. Desmistifica. Às vezes a conversa acontece em bar e conversar com um cientista é melhor.” Natasha Martins e Giulia Martins também elogiaram: “Adoramos. Falamos sobre o café e o cacau. Ela explicou sobre a floração do café e como o clima interfere na produção.”
Agnaldo Fukuwara ficou interessado nas explicações sobre eventos extremos: “Ótima fala sobre El Niño, La Niña, mudanças climáticas e enchentes no Rio Grande do Sul. Minha dúvida era se no passado, quando aconteceram as primeira enchentes, foi pelo mesmo motivo de agora. Sempre é bom conversar com quem sabe mais.” Já Mari Fukuwara destacou o aprendizado: “Ela explicou tudo sobre o café – puro e misturado – e também falou sobre o clima.”

Agnaldo Fukuwara e Mari Agnaldo Fukuwara tiraram dúvidas sobre mudanças climáticas
João Whitaker, que já trabalhou com melhoramento de sementes e atualmente atua como analista de mercado na área de moda, afirmou: “Foi ótima. Muito esclarecedora. Ela tem uma boa visão tanto social quanto econômica e política. Falou sobre commodities e a preocupação em produzir em grande quantidade, mas de forma sustentável.”
Famílias com crianças também participaram. Iara Gamero levou sua filha Alice, de 13 anos, que sonha em ser cientista e se interessa por física. A Dra. Patrícia indicou o remake da série Cosmos, apresentada por Carl Sagan em 1980 como inspiração. Pamela Hata, que participou com seus três filhos, destacou: “A gente sempre envolve as crianças nas questões ambientais. Elas terem contato com uma cientista e entenderem que essas pessoas existem é muito importante.”Raquel Baracho, empresária, esteve presente com sua filha Heloise, de 11 anos, que fez perguntas sobre florestas e temas ambientais. “Gostamos muito. É importante preservar e cuidar do meio ambiente. Esses momentos ajudam a tirar dúvidas.”, disse Raquel. “Gosto de ciência e novas descobertas”, completou Heloise.
Famílias e crianças também participaram do evento
Ao final do encontro, Patrícia Morellato reforçou que a conversa é fundamental. Para ela, manter espaços abertos para o diálogo é essencial, pois as soluções precisam ser coletivas. Ela destacou que círculos de conversa como aquele oferecem esperança e que abandonar o diálogo pode aumentar os conflitos. Também observou que estamos caminhando para um momento de muita discussão, como a COP 30, e que qualquer iniciativa que incentive a escuta e o debate deve ser valorizada.
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