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1° Encontro de Jovens Cientistas – CBioClima

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    cbioclimamidia
  • há 2 dias
  • 3 min de leitura

Por: Gabriela Andrietta


O primeiro dia do 1º Encontro de Jovens Cientistas, realizado nos dias 26 e 27 de novembro, reuniu jovens pesquisadoras e pesquisadores para debates e troca de experiências. A iniciativa, promovida pela Coordenação de Integração  do Centro, consolida um espaço seguro, plural e colaborativo para pesquisadores de pós-doutorado e de treinamento técnico vinculados ao CBioClima (Centro de Pesquisa em Biodiversidade e Mudanças do Clima).

Abertura: acolhimento, missão e pertencimento

A professora Patrícia Morellato, diretora do CBioClima, abriu o encontro reforçando a importância do diálogo e da integração entre os participantes. Em seguida, o professor Maurício Bacci, vice-diretor, destacou o papel estratégico da pesquisa, da disseminação científica e da inovação para o avanço do conhecimento e o fortalecimento do Centro.

O Coordenador de Integração, professor Tadeu Siqueira, apresentou a nova coordenação, responsável pela criação deste primeiro encontro, enfatizando a importância de que os jovens pesquisadores não se sintam isolados em suas atividades. Ele apresentou a estrutura do CBioClima, os seus Work Packs, o organograma e o seu funcionamento, destacando a complexidade e a excelência do Cepid (Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão). Tadeu também apresentou a missão da coordenação: fortalecer conexões, criar redes de apoio e promover ações contínuas voltadas aos participantes. Ele explicou que o encontro foi pensado sem um tema específico e sem a participação de pesquisadores principais, para garantir um espaço seguro de diálogo e manifestação.

A Comissão Organizadora do evento é formada por Alan Cerqueira, Ariadne Sabbag, Bruna Alberton, Caio Ballarin, Carolina Medeiros, Fábio de Sá e Saura Silva, que se dedicaram ao planejamento e à coordenação de todas as atividades do projeto.


Inteligência artificial, sociedade e meio ambiente

A convidada Dora Kaufman, professora da PUC-SP, apresentou a palestra “A Inteligência Artificial como aliada ou inimiga da natureza”. Ela abordou o paradoxo da Inteligência Artificial para o meio-ambiente: ao mesmo tempo que possibilita avanços expressivos para a pesquisa e para a conservação, também gera riscos e impactos.

Dora explicou que a IA é capaz de processar grandes volumes de dados, aprimorar técnicas e reduzir o tempo necessário à realização de tarefas, permitindo realizar previsões climáticas, identificar padrões e anomalias, otimizar processos, apoiar diagnósticos e monitorar ecossistemas. Esses recursos tornam a tecnologia uma importante aliada na mitigação das mudanças climáticas e na conservação da biodiversidade.

No entanto, a pesquisadora alertou para o alto consumo de energia e de água potável associado aos sistemas de IA, o que gera um alto impacto ambiental. Além disso,  destacou que a IA que utilizamos está em seus primórdios e não se aproxima da complexidade do cérebro humano. “O que chamamos de IA são modelos estatísticos baseados em correlações”, afirmou.

A professora apresentou as diferenças entre a IA preditiva (que faz previsões e que para cada tarefa há um sistema específico) e a IA generativa ( que utiliza a mesma técnica, mas além da previsão, gera conteúdo, como texto, imagens, vídeos e códigos). 

Segundo ela, a maior parte das implementações atuais advém da técnica de aprendizado de máquina. As  redes neurais profundas (deep learning) identificam padrões e atribuem pesos (parâmetros) estatísticos aos dados, fazendo correlações.  A aprendizagem da IA generativa estabelece uma hierarquia da frequência em que aquelas palavras estão correlacionadas. Essa lógica pode gerar fenômenos como as alucinações, quando o sistema produz respostas que embora pareçam plausíveis, são incorretas.

A IA é uma tecnologia auxiliar, que gera conteúdos baseados em dados. Mas esses dados são produzidos pela sociedade humana. A inovação continua sendo, portanto, exclusivamente humana. “É uma tecnologia extraordinária. É mais que uma tecnologia,  ela impacta o nosso funcionamento e pode estar interferindo na nossa cognição e na forma que pensamos.” Mas tem limitações e não produz conhecimento. “A inovação e a criatividade ainda estão restritas  aos seres humanos", acrescentou Kaufman.

Atividades de integração

Após o intervalo, os participantes realizaram flash talks, se apresentando e compartilhando os seus temas de pesquisa. Na parte da tarde, foi realizada a construção da carta “O Pesquisador de Pós-Doutorado no Brasil”, construída coletivamente pelos pós-doutorandos e bolsistas do Centro.



 
 
 

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