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Nanotecnologia pode aumentar resistência das plantas a efeitos climáticos

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    cbioclimamidia
  • há 2 dias
  • 2 min de leitura

Por Emerson José


Um recém-publicado artigo de revisão na revista científica ACS Ômega aponta um caminho promissor para uma agricultura mais sustentável e resistente ao clima ao integrar nanotecnologia, hormônios vegetais e microrganismos benéficos. O artigo de nome “Integrando a tríade nano-fito-micro para uma agricultura sustentável e resiliente às mudanças climáticas” conta com a participação de pesquisadores da Unesp e do exterior.


Os pesquisadores demonstram que as nanopartículas podem servir como transportadoras de hormônios vegetais e substâncias bioativas, liberando esses compostos de forma direcionada nas raízes das plantas. Em paralelo, bactérias promotoras de crescimento (plant growth-promoting rhizobacteria, PGPR) são usadas para reforçar o estado geral de funcionamento, vitalidade e integridade das raízes de uma planta, aumentar a absorção de nutrientes e ajudar a planta a suportar estresses ambientais (como seca, altas temperaturas etc.).


A união desses três componentes gera sinergias que potencializam a entrega de moléculas reguladoras nas plantas, enquanto os microrganismos ajudam a manter a microbiota do solo ativa e funcional, promovendo crescimento mais saudável e resistente ao estresse ambiental, como, por exemplo: períodos mais longos de seca, variações de temperatura e solo degradado.


“A ação dos microrganismos varia significativamente conforme o tipo de solo e as condições climáticas. O artigo apresenta uma descrição de estudos que demonstram que o desempenho dos microrganismos benéficos depende fortemente das condições ambientais”, afirma o pesquisador Leonardo Fraceto, professor do Instituto de Ciência e Tecnologia do Câmpus de Sorocaba da Unesp, coordenador do INCT NanoAgro (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Nanotecnologia para Agricultura Sustentável) e Coordenador de Inovação do CBioClima (Centro de Pesquisa em Biodiversidade e Mudanças Climáticas).


A combinação de nanotecnologia, hormônios vegetais e microrganismos cria um efeito sinérgico capaz de melhorar o desempenho das plantas, mesmo sob seca, calor ou em solos com baixa fertilidade. Para além do impacto imediato, o modelo abre espaço para novas pesquisas, como testar diferentes composições de nanopartículas, selecionar microrganismos mais eficientes para cada cultura e avaliar a adaptação da tecnologia a sistemas agrícolas específicos, tendo em vista os desafios da agricultura diante dos efeitos das mudanças climáticas.


Embora promissora, a estratégia é analisada criticamente, o que evidencia a necessidade de mais estudos, validações em condições de campo e de estresse, bem como formas de transformá-la em um modelo de negócios.


Ademais, o professor Leonardo acrescenta que “o modelo da tríade nano-fito-micro tem grande potencial para reduzir significativamente o uso de fertilizantes e pesticidas. O artigo apresenta múltiplas evidências e mecanismos pelos quais essa integração pode reduzir a dependência de insumos químicos convencionais”.


O artigo científico pode ser lido na íntegra em:


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