Participação do CBioClima em painel durante a COP30 reforçou o papel estratégico da ciência no enfrentamento da crise climática
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Atualizado: há 3 dias
Por: Gabriela Andrietta
O Centro de Pesquisa em Biodiversidade e Mudanças Climáticas (CBioClima), sediado na UNESP de Rio Claro, marcou presença na Estação AMAZÔNIA SEMPRE, uma iniciativa realizada durante a COP30, pelo Grupo Banco Interamericano de Desenvolvimento (Grupo BID), por meio do programa regional Amazônia Sempre, em parceria com o Museu Paraense Emílio Goeldi e o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
De 8 a 21 de novembro, em Belém, a Estação AMAZÔNIA SEMPRE reuniu uma programação dinâmica, realizada com uma ampla rede de organizações selecionadas por chamada pública. O espaço foi concebido para promover diálogos inclusivos e transformadores sobre o futuro da Amazônia durante a conferência, destacando temas urgentes como biodiversidade, mudanças climáticas, bioeconomia e justiça socioambiental. A estação colaborativa sediou mais de 120 eventos, reunindo representantes dos oito países amazônicos e mais de 50 parceiros.
A participação da UNESP em dois painéis da Estação AMAZÔNIA SEMPRE foi articulada pelo professor Newton La Scala Júnior, que lidera o Escritório de Sustentabilidade da universidade e também é um pesquisador associado ao CBioClima.
O CBioClima participou da concepção e dos debates do painel “Conectando o Monitoramento da Biodiversidade às Mudanças Climáticas em Ecossistemas Tropicais”, realizado em 9 de novembro, no auditório do Museu Goeldi. Moderada por Hugo Fernandes (Universidade Estadual do Ceará), a mesa discutiu o papel central dos sistemas de monitoramento ecológico, das séries temporais e das redes de pesquisa para a construção de respostas eficazes à crise climática em ecossistemas tropicais, regiões que abrigam grande parte da biodiversidade do planeta, mas que também enfrentam grandes riscos de degradação ambiental.
Representando o Centro, participaram a Professora Dra. Patrícia Morellato, Diretora do Centro, e o Prof. Dr. Mauro Galetti, Coordenador de Difusão, ambos da UNESP. O painel contou ainda com a presença de Alexandre Aleixo (ITV) e Mariana Vale (UFRJ).
Ao final do simpósio, ocorreu uma sessão de autógrafos do livro Um Naturalista no Antropoceno, de Mauro Galetti — obra que aproxima ciência e narrativa pessoal ao refletir sobre os impactos humanos na natureza.
Além de articular a participação institucional da UNESP na COP30, Newton La Scala Júnior conduziu o painel “Ações de Sustentabilidade nas Universidades: O que fazer pós-COP30?”, realizado em 17 de novembro de 2025, também na Estação AMAZÔNIA SEMPRE. O evento discutiu o papel das universidades como centros formadores de profissionais preparados para enfrentar os desafios climáticos do futuro e destacou a necessidade de implementar ações concretas de sustentabilidade social, econômica e ambiental. As instituições foram apresentadas como “pequenas cidades”, que devem liderar pelo exemplo ao adotar medidas internas de descarbonização e adaptação.
O debate também abordou desafios específicos de sustentabilidade em diferentes biomas, especialmente na Amazônia, e o potencial da bioeconomia para impulsionar o desenvolvimento regional.
Newton destacou que “quem defende a ciência merece todo o nosso respeito”, reconhecendo a dedicação das equipes envolvidas na construção da Estação AMAZÔNIA SEMPRE e no fortalecimento da participação institucional da UNESP na COP30.
A participação da Unesp na COP30 reforçou o papel das universidades como agentes transformadores da sociedade, integrando ensino, pesquisa, extensão e gestão sustentável.







































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